E assim foi posto um desafio. Escreva para um estranho. Dá
pra imaginar quantas armadilhas existem nas entrelinhas? Então, seu moço, deixe
eu lhe explicar tantas quantas eu conseguir me lembrar.
Acontece que para o escritor nem todo texto vira pretexto,
mas sempre tem um apreço pela ação e formosura das palavras impostas. Então me
diga você, seu moço, o que o senhor espera de mim?
Assim tão de longe, me tomando de assalto e pedindo um
agrado, não acha que foi um pouco longe do fim? Existe uma história longa, bem
maior que essa prosa, que me diz que aqui, não nasce nada... Desculpa seu moço,
mas machucar alma lavada de assim tão boa esperança não me apetece em nada. A
amizade do estranho que chegou batendo na porta sem pedir licença, é premio do
desafio imposto e pressuposto que não se perca nem esmoreça, está guardada a
sete chaves.
No mais, eu deixo por aqui a prosa inacabada, com um gesto
de despedida meio sem jeito. Esperando que no meio disso tudo, aquilo que não
cabe a mim lhe falar, lhe salte aos olhos. Pois aqui, meu senhor, eu não posso
ficar.
Pois o desafio foi bem cumprido. Talvez seja mais fácil falar a um estranho para aquela que, segundo muitos, mas com o real entendimento de poucos, é uma moça um tanto estranha.
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